O ex-presidente Lula disse ontem que “não vai ser difícil” ganhar a eleição presidencial de 2018, mas defendeu mudança de estratégia dos partidos de oposição para barrar as propostas do governo Temer no Congresso. Durante o 14.º Congresso do PCdoB, em Brasília, ele avaliou que a esquerda está “fragilizada”, pois não conseguiu impedir o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a aprovação de propostas como a reforma trabalhista.
O petista afirmou que isto “não deixa rusgas” na relação do PT com o PCdoB. Esta é a primeira vez, desde 1989, que as siglas podem disputar a presidência separadas. “Qualquer partido de esquerda pode lançar candidatura para a eleição, mas é preciso ir junto para a rua”, destacou.
O petista considerou legítimo que outros partidos também lancem candidatos, inclusive um de seus principais adversários, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). “Não podem dizer que Lula é de extrema esquerda, que Bolsonaro é de extrema direita, e que é preciso achar o caminho do meio. Quem convive com Bolsonaro sabe quem ele é, que é mais do que extrema direita, mas ele também tem direito de ser candidato.”
Lula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão no caso do triplex no Guarujá pelo juiz Sergio Moro, titular da Lava Jato na 1ª instância, em Curitiba. Caso a sentença seja confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região antes do registro da candidatura, o petista corre o risco de ficar inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
Em um discurso de 40 minutos, o ex-presidente atacou eventual candidatura do tucano Geraldo Alckmin como representação do “centro” e voltou a criticar o senador Aécio Neves (PSDB-MG). “A urna não pode receber ordem, tem que receber voto. O seu Aécio, que plantou vento, está colhendo tempestade. Então, companheiros, temos muita coisa para fazer. Eu, inclusive, acho que não é difícil ganhar essas eleições, não é difícil”.
Informações O Povo
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