Primeiro ocupante da presidência acusado formalmente de corrupção na
história do Brasil, Michel Temer cumpriu uma das promessas do golpe, que era
estancar a sangria e encerrar a Operação Lava Jato, após constantes atritos com
a direção-geral da Polícia Federal, os três principais delegados da
investigação deixaram o grupo que focava os trabalhos exclusivamente no esquema
de corrupção da Petrobras, e que já tinha somente quatro integrantes, informa
reportagem da revista Época, decisão teria sido do diretor da corporação,
Leandro Daiello, pela redes sociais, o procurador Carlos Fernando Lima, um dos
principais nomes da força-tarefa, acusou Michel Temer de matar a operação por
asfixia.
A Polícia Federal acabou com o grupo de trabalho
da Operação Lava Jato em Curitiba. A decisão foi comunicada aos
quatro delegados restantes no GT da operação, informa reportagem
do site da revista Época. Em Curitiba, atribui-se à decisão ao
diretor-geral da PF, Leandro Daiello.
Os
delegados e agentes voltarão a ser lotados na Delegacia de Repressão à
Corrupção e Crimes Financeiros, a Delecor e dividirão o tempo entre a Lava Jato
e outras investigações. Com a escassez de recursos e pessoal, a produção de
provas nos processos atuais e a deflagração de novas etapas de investigação
fica severamente comprometida. Para um dos investigadores, é uma
"asfixia".
O
desmanche do GT não é uma surpresa dentro da PF. O número de delegados caiu de
nove para quatro em menos de um ano. Com a saída desses delegados, a velocidade
da investigação foi caindo. Para os investigadores, os delegados Érika Marena,
Eduardo Maut e Márcio Anselmo eram o "motor" da Operação Lava
Jato.
A
justificativa para a retirada de pessoal era uma suposta "falta de
demanda", ideia refutada pela PF e também pelo Ministério Público Federal.
De acordo com o MPF, os funcionários estão atolados em trabalho ordinário e
centenas de provas obtidas em fases anteriores estão sem análise. Os três
principais delegados deixaram a Lava Jato após atritos com a Direção da PF.
Pela redes sociais, o procurador Carlos Fernando dos Santos
Lima, um dos principais nomes da força-tarefa, acusou
Michel Temer de matar a operação por asfixia. "A Polícia
Federal não tem mais dinheiro para passaporte. A Força-tarefa da Polícia
Federal na operação Lava Jato deixou de existir. Não há verbas para trazer
delegados. Mas para salvar o seu mandato, Temer libera verbas à vontade",
escreveu.
A
direção-geral da PF confirmou o fim do grupo de trabalho em nota, publicada
pela Época:
1. Os grupos de trabalho
dedicados às operações Lava Jato e Carne Fraca passam a integrar a Delegacia de
Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);
2. A medida visa priorizar
ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que
permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de
dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;
3. Também foi firmado o apoio
de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo dois
ex-integrantes da Operação Lava Jato;
4. O modelo é o mesmo adotado
nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como
são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do
Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;
5. O atual efetivo na
Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em
caso de necessidade;
6. A Polícia Federal reafirma o
compromisso público de combate à corrupção, disponibilizando toda a estrutura e
logística possível para o bom desenvolvimento dos trabalhos e esclarecimento
dos crimes investigados.
Via Brasil 247
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