Uma reportagem dos jornalistas
Mario Cesar Carvalho e Bela Megale, publicada nesta quarta-feira, aponta a
tentativa de direcionamento da delação premiada do executivo Léo Pinheiro, da
OAS, pelo Ministério Público (leia mais aqui )
Segundo os dois jornalistas apuraram, a delação de Pinheiro travou
porque ele se negou a incriminar o ex-presidente Lula nos episódios do
"triplex do Guarujá" e do "sítio em Atibaia".
No primeiro caso, o presidente diz ter feito as obras por vontade
própria, sem que Lula prometesse nada em troca.
No segundo, as reformas teriam sido feitas a pedido de Paulo
Okamotto – e não do ex-presidente.
"A reforma do sítio, de acordo com o empresário, foi
solicitada em 2010, no último ano do governo Lula, por Paulo Okamotto, que
preside o Instituto Lula. Okamotto confirmou à PF que foi ele quem pediu as
obras no sítio", diz a reportagem.
"Já a reforma no tríplex do Guarujá, pela versão
de Pinheiro, foi uma iniciativa da OAS para agradar ao ex-presidente. A empresa
gastou cerca de R$ 1 milhão na reforma do apartamento, mas a família de Lula
não se interessou pelo imóvel, afirmou ele a seus advogados que negociam a
delação, em versão igual à apresentada por Lula."
Como os procuradores não gostaram das explicações, travaram toda a
delação – o que pode mandar Léo Pinheiro de volta para a prisão.
Em sua pré-delação, Pinheiro havia relatado propinas na construção
da Cidade Administrativa de Minas Gerais, nos governos de Aécio Neves e Antonio
Anastasia, ambos do PSDB.
Via Brasil 247
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