Uma
reportagem do jornal Valor Econômico, intitulada "Impeachment não está
consolidado", revela como ainda é
frágil o governo interino de Michel Temer.
Isso porque bastaria que dois
dos 55 senadores que votaram pelo impeachment virassem seus votos para que a
presidente afastada Dilma Rousseff retomasse seu mandato.
No julgamento de mérito, a ser
presidido por Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal,
serão necessários 54 votos para liquidar o impeachment.
No entanto, a reportagem do
Valor revela que Temer se move em território perigoso. "Confio muito
que o presidente Michel Temer possa denunciar o político ou os partidos que o
estejam chantageando. Para manter mais do que os 54 votos, muita gente vai
achar que o seu voto é valioso", disse o senador Omar Aziz (PSD-AM).
Alguns parlamentares, que
votaram pela admissibilidade do impeachment, deixaram claro que poderão
eventualmente votar contra o impeachment, no julgamento definitivo. "Eu
não vim aqui para tripudiar sobre uma gladiadora ferida", disse Edison
Lobão (PMDB-MA). "O voto que darei não é pelo impeachment e não
significará a antecipação do meu julgamento".
Cristovam Buarque (PPS-DF) foi
outro que demonstrou certa instabilidade. "Se não formos capazes disso [de
explicar], de nenhuma maneira será golpe, porque está na Constituição. Mas se
não explicarmos bem, vai ter 'cheirinho' de golpe, e isso não é bom".
Um dos sinais da preocupação de
Temer com o Senado, foi o fato de ter convidado Hélder Barbalho, filho de Jader
Barbalho (PMDB-PA), para sua equipe. Ex-ministro de Portos de Dilma, ele terá a
Integração Nacional com Temer.
Via Brasil 247
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