O governador Camilo Santana (PT) deve se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT) nas próximas semanas para discutir “assuntos de interesse do Estado”. Camilo nega que as eleições em Fortaleza estejam na pauta do encontro.
Ao lado do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o governador participou ontem na Capital do Dia Nacional de Mobilização na Educação contra o Aedes aegypti.
Na última semana, Camilo manteve série de conversas em São Paulo, com o ex-presidente Lula, e em Brasília, com o ministro-chefe da Casa Civil, Jacques Wagner.
Dividido entre a retribuição a apoio político ao prefeito e candidato à reeleição Roberto Cláudio (PDT) e a candidatura própria do PT, Camilo tem evitado responder diretamente sobre que decisão irá tomar com a proximidade das eleições.
Na prática, porém, o governador intensifica agenda ao lado de RC em Fortaleza. “Estou solicitando uma audiência com a presidente para tratar dos assuntos do interesse do Ceará. Estive essa semana com o ministro do Planejamento e o da Casa Civil, mas minha dedicação tem sido cuidar do Estado. Eleição, nós vamos tratar em dia de eleição”, respondeu o petista.
Embora fosse esperado, RC não compareceu ao evento ontem com o governador. O chefe do Executivo municipal participou de café da manhã com o ministro no Palácio da Abolição, mas cumpriu agenda particular no restante da manhã.
Ontem, a coluna “Expresso”, do site da revista Época, disse que o governador cearense admitiu a interlocutores que, se o PT mantiver o projeto de candidato próprio, ele deixaria o partido. Camilo, entretanto, ainda não demonstrado disposição para deixar a sigla.
Principal grupo responsável pela chegada do petista ao Abolição, os ex-governadores e ex-ministros Ciro e Cid Gomes migraram recentemente do Pros para PDT.
Presidente estadual do PT, Francisco de Assis Diniz saiu em defesa do correligionário. “Camilo é do PT e não sairá sob qualquer circunstância”, respondeu.
O deputado federal José Guimarães também afirma que não há acertos para tratar de sucessão municipal com a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, não houve avanços nas discussão do PT sobre candidatura própria desde a convenção estadual da sigla, no final de janeiro.
Via O Povo
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