O governo Fernando Henrique Cardoso não será investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A decisão foi anunciada na tarde desta segunda-feira (2) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele disse que por ser um “regimentalista” vai seguir o requerimento da proposta de CPI cuja autorização esta restrita ao período de 2005 e 2015. “A ementa que está lá tem de ser cumprida”, defendeu.
A campanha para incluir o período do governo FHC vem sendo defendida pelo PT, alegando que o ex-gerente da estatal Pedro Barusco confessou que recebia propina da SBM Offshore desde 1997. Cunha ressaltou que o regimento não permite alteração da ementa. “Se quiserem fazer um CPI diferente do que está lá, tem de fazer outro requerimento de CPI”, avisou.
Quanto a aguardada lista dos políticos implicados na investigação do Lava-Jato, Cunha observou que não espera um período de “turbulências” no cenário dos próximos meses. “Não acredito, não. Até porque o fato de propor inquérito não significa que está se culpando ninguém, vai se dar o beneplácito da defesa. Não vejo turbulência. Quantos inquéritos no Supremo estão em tramitação?” comentou.
Sobre a possibilidade de envolvimento de deputados, o peemedebista informou que já pediu que as lideranças partidárias indiquem até a próxima quarta-feira, 4, os membros que farão parte do Conselho de Ética da Câmara. Neste colegiado tramitam as representações de quebra de decoro contra os parlamentares. A ideia é instalar o Conselho até a próxima semana. Ele entende que a divulgação da lista de políticos não criará dificuldades para o andamento dos trabalhos na Casa.
Via Ceará Agora
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