Se a notícia sobre a vitória de Renan Calheiros à Presidência do Senado agradou, em cheio ao Palácio do Planalto, o mesmo não aconteceu na Câmara Federal. O resultado da eleição, proclamado às 20:35 minutos, horário de Brasília, representou uma derrota humilhante para os aliados da presidente Dilma Rousseff: o candidato do PMDB, Eduardo Cunha, recebeu 267 votos, contra apenas 136 do candidato apoiado pelo Palácio do Planalto, Arlindo Chinaglia (PT), 100 votos de Júlio Delgado (PSB) e 8 votos para Chico Alencar, do PSOL. Cunha venceu no primeiro turno, um resultado massacrante para os aliados mais próximos ao Palácio do Planalto.
O resultado da eleição mostra o nível de insatisfação da base governista com a presidente Dilma Rousseff. Cunha atraiu apoio de deputados de quase todos os partidos, dividiu a base aliada parlamentar do Governo Federal e, a partir desta segunda-feira, começa um mandato de dois à frente da Mesa Diretora que promete trabalho para o Planalto na pauta da Câmara Federal.
O resultado deixou os dirigentes do PT, líderes do Governo e defensores da candidatura de Arlindo Chinaglia de cabeça baixa. O resultou legitimou uma vitória ao comando da Mesa Diretora, abre uma fenda na relação do Planalto com a base aliada e deixa preocupação para a presidente Dilma Rousseff. Eduardo Cunha é tudo o que o Governo Federal não queria para a Presidência da Câmara dos Deputados.
Mais cedo, Eduardo Cunha afirmou em discurso no plenário da Casa, que o PT “não tem adversários”, mas “inimigos”. “Todos os que ousam enfrentar (o PT) acabam se tornando inimigos e vítimas de toda sorte de ataques. Nós fomos vítimas”, discursou Cunha, sob aplausos.
Via Ceará Agora
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