O ex-presidente da República e atual senador José Sarney (PMDB-AP), 84 anos, fez nesta quinta-feira (18) sua despedida da vida pública para um plenário vazio do Senado. Ele não concorreu a cargo eletivo nas eleições deste ano. Em seu discurso, ele elogiou o Maranhão, seu estado natal, afirmando que “está numa vanguarda” do país.
Ele criticou a forma como a imprensa o trata. Criticou o sistema político brasileiro e defendeu a reforma política. Diz que defende o voto distrital, afirmando que a forma atual (voto uninominal), constitui a grande causa do atraso do Brasil, afirmou. Para ele, apesar de avanços econômicos e sociais, o Brasil regrediu na política.
Ele criticou o que chamou de “proliferação” de partidos políticos e criticou a reeleição para os cargos executivos. Sarney disse estar arrependido de ter assumido cargos públicos após ter sido presidente da República. Segundo ele, é preciso proibir ex-presidentes de assumir cargos públicos, até mesmo os eletivos, após deixarem o comando do país. No final, afirmou que a época em que foi presidente deixou cicatrizes que sangram até hoje.
A despedida do senador não poderia ter sido pior. Neste ano, Sarney decidiu não se candidatar pelo Amapá devido à perda de apoios e o desgaste de três mandatos seguidos. No Maranhão, o clã Sarney também perdeu seu reinado com a eleição do oposicionista Flávio Dino (PCdoB) apoiado pelo Planalto. Sua filha, Roseana Sarney, envolta em acusações de irregularidades renunciou ao mandato a um mês de sua saída, alegando problemas de saúde.
Via Ceará Agora
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