O ex-governador de
Pernambuco, presidenciável Eduardo Campos (PSB), assumiu que tem
compromisso de vida com a região do Cariri. Durante
entrevista coletiva no Crato, na manhã do último domingo (1), o
presidente nacional do partido socialista assistiu à explanação e
respondeu questionamentos sobre alguns dos problemas que
interferem no desenvolvimento regional do Sul do Ceará.
Eduardo Campos disse que o fato de chegar à Presidência da República vai proporcionar-lhe a oportunidade de fazer pelo Cariri o que outros tiveram a chance e não fizeram. “A minha diferença é que quando deixar a presidência vou continuar convivendo com a região. Quero andar pelas ruas e ser reconhecido como o presidente que mais fez pelo Cariri”, disse.
O presidente do PSB comparou a distância da população do Cariri em relação ao Poder do Estado, como a que é sentida pelos nordestinos em relação à Brasília. “A forma de encurtar essa distância é colocar no poder alguém que não necessite vir aqui ou ouvir sobre os problemas enfrentados pelo nosso povo. É algo como colocar no Brasil oficial, alguém que vem do Brasil real”, disse Eduardo Campos.
Durante a entrevista, o presidenciável falou, ainda, sobre questões como homofobia, reorganização da saúde pública, desigualdades sociais, alianças históricas com o PT, reformas estruturais, programas sociais, segurança pública e agronegócio.
Em um dos momentos da coletiva, o ex-aliado petista disse que o governo do ex-presidente Lula teve mais acertos do que erros. Mas, segundo ele, com a presidenta Dilma, falta estratégia e as conquistas se derretem. “A inflação está voltando, o Brasil está baixando investimentos e a presidenta continua com uma base atrasada e alimentada com ministérios, cargos e funções públicas”, avaliou Eduardo Campos.
Perguntado sobre quem são os fisiologistas e patrimonialistas citados nos discursos feitos no Cariri, Eduardo Campos acabou dizendo que a partilha do poder vem desde o governo dos militares. Segundo ele, ainda na transição, uma parte da Velha República veio ajudar no Congresso e trouxe consigo a contaminação de práticas políticas. “Essas forças contaminaram o PMDB, com o Sarney, e cercaram o PSDB, sobretudo na busca pela reeleição. Agora, o PT se deixou levar pelas práticas que sempre combateu. Não dá para falar em mudança se aliando com nomes como Sarney e Collor”, disse Eduardo Campos.
Sobre a sucessão cearense, o presidenciável disse que o PSB não será empecilho para uma grande unidade das oposições. Entre os pré-candidatos ao Governo cearense, Eduardo citou os nomes de Eunício Oliveira (PMDB) e Roberto Pessoa (PR). Mas, afirmou que o seu partido tem um nome, ideia e disposição para ir à disputa.
Agenda extensa
O presidenciável cumpriu extensa agenda no Cariri. Como eventos mais significativos, Eduardo recebeu, no sábado (31), os títulos de cidadão dos municípios de Barbalha e Juazeiro do Norte. Na terra do Padre Cícero, Eduardo Campos dividiu a honra da outorga com senador Eunício Oliveira, pré-candidato ao governo do Estado.
O vereador Normando Sóracles (PSL) representou a Câmara de Juazeiro e discursou em homenagem ao presidenciável.
Já o senador agradeceu a honraria e destacou o desenvolvimento do Juazeiro e do Cariri. Enalteceu o governo de Eduardo e disse que pretende seguir os exemplos administrativos praticados em Pernambuco.
A agenda do presidenciável incluiu, ainda, visitas ao município de Araripe, cidade natal do seu avô Miguel Arraes, onde assistiu a apresentações culturais. No domingo, pela manhã, Eduardo fez visitas ao Hospital Filantrópico São Vicente de Paulo (Barbalha) e à Estátua do Padre Cícero (Juazeiro). Ainda pela manhã, inaugurou a sede do diretório municipal do PSB de Crato.
Campos encerrou sua agenda no Cariri, com a participação na festa do Pau da Bandeira, de Santo Antônio. Esteve acompanhado por lideranças do PSB, PPS, PPL, PHS e PRP, além da Rede Solidariedade, aliados nacionalmente ao projeto de Eduardo Campos.
Do Ceará, acompanharam o presidenciável, a pré-candidata do PSB ao Governo do Estado, Nicolle Barbosa; a pré-candidata ao Senado, Geovana Cartaxo; o presidente do PSB do Ceará, Sergio Novais, e a deputada estadual Eliane Novais.
Polêmica em Barbalha
Mesmo antes da chegada de Eduardo Campos ao Cariri, a polêmica já se instalava. Na sessão da Câmara de Barbalha do dia 26 de maio, os parlamentares quase cancelaram a solenidade de entrega do título de cidadão ao presidenciável. A proposta do líder do prefeito, vereador Aurino Preu (PP), pedindo o adiamento da solenidade por entender que o presidenciável estaria se beneficiando politicamente do momento, acabou gerando uma grande discussão na Casa.
O mal estar entre a base aliada e a oposição atingiu o auge quando o vereador Rildo Teles (PSL) disse estar envergonhado com a postura do líder da base do prefeito petista Zé Leite. Rildo teve que apelar para o Regimento Interno, quando diz que a escolha do dia e da hora da entrega é decidida pelo homenageado. “Essa discussão não tem sentido, além de ser uma falta de respeito”, disse Rildo.
A decisão foi contornada pelo presidente Daniel de Sá Barreto, mas na solenidade de entrega do título, apenas 10 vereadores compareceram. O autor do projeto de lei que concedeu a honraria, o vereador Antônio Correa Saraiva (PSB) se disse triste com toda a discussão e a atitude de alguns vereadores da base do prefeito. A outorga foi aprovada, por unanimidade, em outubro de 2013.
Eduardo Campos disse que o fato de chegar à Presidência da República vai proporcionar-lhe a oportunidade de fazer pelo Cariri o que outros tiveram a chance e não fizeram. “A minha diferença é que quando deixar a presidência vou continuar convivendo com a região. Quero andar pelas ruas e ser reconhecido como o presidente que mais fez pelo Cariri”, disse.
O presidente do PSB comparou a distância da população do Cariri em relação ao Poder do Estado, como a que é sentida pelos nordestinos em relação à Brasília. “A forma de encurtar essa distância é colocar no poder alguém que não necessite vir aqui ou ouvir sobre os problemas enfrentados pelo nosso povo. É algo como colocar no Brasil oficial, alguém que vem do Brasil real”, disse Eduardo Campos.
Durante a entrevista, o presidenciável falou, ainda, sobre questões como homofobia, reorganização da saúde pública, desigualdades sociais, alianças históricas com o PT, reformas estruturais, programas sociais, segurança pública e agronegócio.
Em um dos momentos da coletiva, o ex-aliado petista disse que o governo do ex-presidente Lula teve mais acertos do que erros. Mas, segundo ele, com a presidenta Dilma, falta estratégia e as conquistas se derretem. “A inflação está voltando, o Brasil está baixando investimentos e a presidenta continua com uma base atrasada e alimentada com ministérios, cargos e funções públicas”, avaliou Eduardo Campos.
Perguntado sobre quem são os fisiologistas e patrimonialistas citados nos discursos feitos no Cariri, Eduardo Campos acabou dizendo que a partilha do poder vem desde o governo dos militares. Segundo ele, ainda na transição, uma parte da Velha República veio ajudar no Congresso e trouxe consigo a contaminação de práticas políticas. “Essas forças contaminaram o PMDB, com o Sarney, e cercaram o PSDB, sobretudo na busca pela reeleição. Agora, o PT se deixou levar pelas práticas que sempre combateu. Não dá para falar em mudança se aliando com nomes como Sarney e Collor”, disse Eduardo Campos.
Sobre a sucessão cearense, o presidenciável disse que o PSB não será empecilho para uma grande unidade das oposições. Entre os pré-candidatos ao Governo cearense, Eduardo citou os nomes de Eunício Oliveira (PMDB) e Roberto Pessoa (PR). Mas, afirmou que o seu partido tem um nome, ideia e disposição para ir à disputa.
Agenda extensa
O presidenciável cumpriu extensa agenda no Cariri. Como eventos mais significativos, Eduardo recebeu, no sábado (31), os títulos de cidadão dos municípios de Barbalha e Juazeiro do Norte. Na terra do Padre Cícero, Eduardo Campos dividiu a honra da outorga com senador Eunício Oliveira, pré-candidato ao governo do Estado.
O vereador Normando Sóracles (PSL) representou a Câmara de Juazeiro e discursou em homenagem ao presidenciável.
Já o senador agradeceu a honraria e destacou o desenvolvimento do Juazeiro e do Cariri. Enalteceu o governo de Eduardo e disse que pretende seguir os exemplos administrativos praticados em Pernambuco.
A agenda do presidenciável incluiu, ainda, visitas ao município de Araripe, cidade natal do seu avô Miguel Arraes, onde assistiu a apresentações culturais. No domingo, pela manhã, Eduardo fez visitas ao Hospital Filantrópico São Vicente de Paulo (Barbalha) e à Estátua do Padre Cícero (Juazeiro). Ainda pela manhã, inaugurou a sede do diretório municipal do PSB de Crato.
Campos encerrou sua agenda no Cariri, com a participação na festa do Pau da Bandeira, de Santo Antônio. Esteve acompanhado por lideranças do PSB, PPS, PPL, PHS e PRP, além da Rede Solidariedade, aliados nacionalmente ao projeto de Eduardo Campos.
Do Ceará, acompanharam o presidenciável, a pré-candidata do PSB ao Governo do Estado, Nicolle Barbosa; a pré-candidata ao Senado, Geovana Cartaxo; o presidente do PSB do Ceará, Sergio Novais, e a deputada estadual Eliane Novais.
Polêmica em Barbalha
Mesmo antes da chegada de Eduardo Campos ao Cariri, a polêmica já se instalava. Na sessão da Câmara de Barbalha do dia 26 de maio, os parlamentares quase cancelaram a solenidade de entrega do título de cidadão ao presidenciável. A proposta do líder do prefeito, vereador Aurino Preu (PP), pedindo o adiamento da solenidade por entender que o presidenciável estaria se beneficiando politicamente do momento, acabou gerando uma grande discussão na Casa.
O mal estar entre a base aliada e a oposição atingiu o auge quando o vereador Rildo Teles (PSL) disse estar envergonhado com a postura do líder da base do prefeito petista Zé Leite. Rildo teve que apelar para o Regimento Interno, quando diz que a escolha do dia e da hora da entrega é decidida pelo homenageado. “Essa discussão não tem sentido, além de ser uma falta de respeito”, disse Rildo.
A decisão foi contornada pelo presidente Daniel de Sá Barreto, mas na solenidade de entrega do título, apenas 10 vereadores compareceram. O autor do projeto de lei que concedeu a honraria, o vereador Antônio Correa Saraiva (PSB) se disse triste com toda a discussão e a atitude de alguns vereadores da base do prefeito. A outorga foi aprovada, por unanimidade, em outubro de 2013.
Via Miséria
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