Segundo o governador de PE,representantes da presidente relataram que ela não quer participar de reuniões
O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, manifestou ontem preocupação com a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff, pré-candidata à reeleição, não participar de debates durante a campanha eleitoral deste ano.
Em palestra na Associação Comercial de São Paulo, Campos disse que seus representantes se reuniram na semana passada com veículos de comunicação e ouviram relatos de que a petista não está disposta a participar dos encontros eleitorais.
"Vemos nas pessoas do governo, que vão (nas reuniões) representar sua excelência a presidente da República, uma posição clara de fugir de debate. O Brasil não pode admitir. A presidente da República, e nós todos a respeitamos enquanto presidenta do nosso pais, não tem o direito de fugir de debate", disse.
Campos também voltou a criticar o modelo de coalizão do governo federal com troca de apoio político por cargos. "O arranjo político que esta aí já deu o que tinha que dar. O governador garantiu que a sua candidatura presidencial não faz parte de um projeto pessoal porque, se fosse assim, poderia ser mais cômodo fazer uma composição e esperar as eleições de 2018".
Em suas andanças pelo interior de Pernambuco, ao lado do seu candidato à sucessão estadual, Campos atua com discursos explícitos contra a presidente. No final de semana, chegou a dizer "que o país não aguenta mais quatro anos de Dilma".
Apelos
E fez apelos para que os eleitores garantam a vitória do atual secretário da Fazenda, Paulo Câmara, no Estado, que ele fará o mesmo na disputa presidencial. Disse que a presidente não está sabendo tocar (conduzir) o país. "Garantam a vitória aqui (em Pernambuco), que garantirei lá (em Brasília)" - afirmou o governador, ao encontrar-se com lideranças políticas. Ele voltou a fazer ataques contra a presidente e classificou as alianças políticas feitas em Brasília - onde o PMDB e PT se digladiam - a uma "feira de mangaio", expressão utilizada no Nordeste para classificar comércio popular com produtos de qualidade duvidosa.
"A Presidente não soube tocar o Brasil do jeito que precisava ser tocado... Com respeito ao povo organizado, com respeito ao diálogo democrático"
Via Diário do Nordeste
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