Para acalmar a militância do PSB e da Rede, o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva, recém -
filiada ao PSB, convocaram uma entrevista coletiva em São Paulo nesta
quinta-feira (10) para dizer que a candidatura da coalizão só será definida no
ano que vem.
“A
decisão que nós temos tomada com muita clareza é que nós estamos fazendo uma
aliança que busca a identidade que o PSB e a Rede têm. É preciso começar essa
aliança não pelos nomes, mas pelo conteúdo que deve presidir esse nosso
encontro. Em 2014 vamos tomar uma decisão sobre a chapa", afirmou Eduardo.
“Eu faço
minhas as palavras do governador. Estamos invertendo um processo na política
brasileira. O que acontece tradicionalmente: faz-se uma aliança eleitoral, se
ganha os governos e depois se inventa um programa. Nós estamos fazendo uma
aliança programática", completou Marina.
Nos últimos dias, lideranças do PSB afirmaram
que a única possibilidade em 2014 é ter Eduardo Campos encabeçando a chapa. Já
a militância da Rede quer Marina como candidata à Presidência em função do
desempenho da ex-senadora nas pesquisas. Em entrevista à "Folha de S.
Paulo", Marina havia dito que as duas possibilidades são válidas.
Mas ontem, em Brasília, a ex-ministra do Meio Ambiente declarou que a
candidatura de Eduardo "estava posta".
“Se
alguém imagina que vai ter problema entre Marina e eu e outros companheiros
para que a gente possa organizar isso, está redondamente enganado", disse
Campos.
Nas
pesquisas eleitorais, Marina aparece sempre em segundo lugar, entre 20 e 25%
das intenções de voto, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff. Já Eduardo
oscila em torno de 5% das intenções e pouco evoluiu desde que seu nome começou
a aparecer nas pesquisas.
O governador de Pernambuco afirmou que sente
"completamente" confortável mesmo estando bem atrás de Marina.
"Se fosse dois candidatos atrás de candidatura, Marina podia ir a outro
partido e eu ficava no PSB", disse. Já Marina usou metáforas para referir-se
à aliança entre ambos. "Duas pessoas, cada um do seu tamanho, resolveram
se unir mesmo estando na planície, e não no olimpo.”
Ao ser questionado sobre o seu desempenho nas
pesquisas eleitorais para a Presidência, Eduardo lembrou as vitórias que teve
em seu Estado e os índices de aprovação da população. "Já tive mais
mandatos que mereci a Deus. Já tive tratamento generoso dos meus conterrâneos
com grandes votações."
Fonte: UOl
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